segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Dilma "constrói" o cuidado com a criança



Veja os comentários dos analistas políticos:
" Uma das mais estarrecedoras entrevistas da curta e assombrosa história política de Dilma sobre a face da Terra”

A segunda parte do texto de Celso Arnaldo completa a radiografia da entrevista assustadora.

Reinaldo Azevedo comenta a entrevista de Dilma


Dilma fala sobre saúde da criança e da “boneca que vai cuidar da cabeça”. E foi do humor involuntário ao cinismo
No sábado, o programa de Dilma na TV tratou da saúde — e também foi esse o assunto sobre o qual ela falou na entrevista coletiva daquele dia. Se não quiserem ver [todo o vídeo], recomendo um trecho que é imperdível, entre 4min8s e 5min08s. Isto é Dilma — sem João Santana — tentando expor uma idéia. No trecho, ela explica detalhes de seu programa de atendimento especial a crianças em hospitais. Transcrevo em vermelho:
“Uma das propostas que conjuga, assim, não só, né?, tecnologia de ponta, tecnologia sofisticada para o tratamento da criança, mas também tem um grande nível de humanização, porque eles usam todo o…, toda aquela questão do envolvimento da criança, mostrando que a boneca vai, tamém (sic), cuidar da cabeça, ou, quando a criança é submetida a algum nível de tratamento mais estressante, tomar o cuidado para garantir que, psicologicamente, ela se, enfim, ela tenha um, uma chegada maior a um processo que inclusive é de dor.”

[Comentário do Reinaldo]:
A gente quase consegue entender o que ela quer dizer. Desde a primeira vez em que vi Dilma falar em público, tive uma certeza: ela está naquela categoria de pessoas que não conseguem fazer a distinção entre o geral e o particular, entre a árvore e a floresta, entre o principal e o secundário.  O que terá ela tentado dizer com “tomar o cuidado para garantir que, psicologicamente, ela se, enfim, ela tenha um, uma chegada maior a um processo que inclusive é de dor”? A fala da boneca que também vai cuidar da cabeça é memória da propaganda dos Laboratórios Fleury…
É, amiguinhos… Dá para entender por que o PAC empacou. Os ministros não entendem o que ela fala.

E que se note: o seu “Rede Cegonha” (que ela trata como se já fosse um programa do governo federal e não uma proposta de campanha) é cola, sim, da proposta de Serra, que anunciou que estenderá a todo o país o Mãe Paulistana.
Mesmo no meio dessa fala tumultuada, a gente entende mais ou menos o que ela quer dizer — e esse é o programa que existe em São Paulo, inspirado numa experiência da prefeitura tucana de Curitiba.
No governo, o PT pegou os programas sociais da gestão anterior e os rebatizou. Desta feita, o partido não esperou nem a candidata ganhar a eleição. Já foi batendo a carteira das propostas alheias ainda na fase da disputa.

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