quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Munição anti-Dilma vem do próprio lulismo

Editorial de O Globo
 
Parte da munição de que se valem grupos para atacar Dilma Rousseff 
é obtida em documentos oficiais.

Neste sentido, não se pode, a rigor, entender como calúnias algumas mensagens que circulam na rede de computadores. Afinal, como o governo Lula é um conglomerado de correntes ideológicas, com várias capitanias hereditárias distribuídas pela máquina pública, e algumas delas controladas por agrupamentos de esquerda autoritária, não é difícil encontrar propostas radicais, emanadas de dentro do governo, contrárias à Constituição.
Comendo pela mão do chefe
Quem consultar a terceira versão do “Plano Nacional de Direitos Humanos”, assinado pelo próprio Lula, encontrará muito daquilo de que a candidata quer manter distância: descriminalização do aborto, censura à imprensa, ataque ao direito constitucional de propriedade etc.
A própria Dilma chegou a encaminhar à Justiça eleitoral parte desse plano como programa de seu governo. Diante da má repercussão, voltou atrás.
Haja o que houver, Lula paga hoje um preço por ter abrigado no governo correntes cujo projeto de país nada tem a ver com as aspirações das classes médias que aumentam de peso na sociedade brasileira.

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