sábado, 19 de março de 2011

Zona de exclusão

O assunto é complicado. A comunidade internacional (ou as grandes potências?) têm o direito de determinar o que um governo nacional pode ou não pode fazer para combater uma rebelião dentro das suas fronteiras? O caso da Líbia é do tipo que nos leva a concordar com a intervenção internacional: afinal, Kadafi é - ou é visto como - um louco sanguinário que se locupleta com as riquezas do seu país e deixa o povo na pobreza. E agora, ainda por cima, comanda bombardeios aéreos contra a população civil (veja ao lado a reportagem da BBC, hoje - sábado de manhã).

Mas... e se a moda pega? Se a Irlanda do Norte resolve se rebelar contra a Inglaterra? Ou se os ianomâmis do Brasil e da Venezuela quiserem criar um novo país? Se os rebeldes chechenos* reivindicarem o mesmo tratamento que os líbios?

* Depois do fim da União Soviética, um grupo de líderes chechenos declarou-se como um governo legítimo, anunciando um novo parlamento e declarando independência como República Chechena da Ichkéria. Até hoje, sua independência não foi reconhecida por nenhum país. Entretanto, esta declaração tem causado conflitos armados em que diversos grupos rivais chechenos e o exército da Rússia se envolveram, resultando em aproximadamente 150 mil mortos, no período entre 1994 e2003.

Nenhum comentário: