Nosso coeficiente de Gini (que mede a desigualdade) é o maior entre os Brics e o dobro do mais alto entre os países da OCDE.
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Ver também, no blog do economista Paulo Passarinho:
"Reinaldo Gonçalves, professor de economia da UFRJ, em recente estudo – Redução da Desigualdade da Renda no Governo Lula – Análise Comparativa (junho/2011) –, coloca essa discussão em termos mais racionais e com o grau de seriedade que o assunto merece.
Entre as principais conclusões de seu trabalho, o professor assinala que há tendência de queda da desigualdade da renda no Brasil no Governo Lula. Entretanto, a redução da desigualdade da renda é fenômeno praticamente generalizado na América Latina, no período 2003-08.
Reinaldo lembra que, apesar desse avanço, Brasil, Honduras, Bolívia e Colômbia têm os mais elevados coeficientes de desigualdade na América Latina, que tem, na média, elevados coeficientes de desigualdade pelos padrões internacionais.
Além disso, o Brasil experimenta melhora apenas marginal na sua posição no ranking mundial dos países com maior grau de desigualdade, entre meados da última década do século XX e meados da primeira década do século XXI, saindo da 4ª posição da lista mundial dos países mais desiguais para a 5ª posição.
Entre as principais conclusões de seu trabalho, o professor assinala que há tendência de queda da desigualdade da renda no Brasil no Governo Lula. Entretanto, a redução da desigualdade da renda é fenômeno praticamente generalizado na América Latina, no período 2003-08.
Reinaldo lembra que, apesar desse avanço, Brasil, Honduras, Bolívia e Colômbia têm os mais elevados coeficientes de desigualdade na América Latina, que tem, na média, elevados coeficientes de desigualdade pelos padrões internacionais.
Além disso, o Brasil experimenta melhora apenas marginal na sua posição no ranking mundial dos países com maior grau de desigualdade, entre meados da última década do século XX e meados da primeira década do século XXI, saindo da 4ª posição da lista mundial dos países mais desiguais para a 5ª posição.
Por fim, por tudo isso, não é de se estranhar a informação divulgada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), com relação ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2011. Por esse cálculo, baseado em quatro critérios – esperança de vida, média de anos de escolaridade, anos de escolaridade esperados e renda nacional per capita –, o Brasil está em 84º lugar em uma lista de 187 países. No ano passado, estávamos na 73ª posição, entre 169 países.
Como explica o economista, o cálculo do coeficiente de Gini a partir dos dados das PNAD’s, usado pelo governo, não é falso, mas não corresponde inteiramente à realidade:
As pesquisas do IBGE registram de forma adequada os rendimentos típicos do mundo do trabalho – salários, diárias, pagamento de autônomos, trabalho por conta própria, entre outros. [Porém] os números das PNAD’s não captam adequadamente os dados de renda relativos aos ganhos dos capitalistas, rendimentos vinculados à geração e pagamento de lucros, juros e aluguéis.
Portanto, estudos sobre a distribuição de renda, com base nos resultados das PNAD’s, não revelam uma parte importantíssima da repartição de rendas no país, justamente aquela apropriada pelos capitalistas.
Não é difícil concluir que "As reiteradas notícias e informações sobre a melhor distribuição de renda do Brasil têm a rigor apenas uma meta: legitimar o modelo em curso, as políticas econômicas adotadas para a sua viabilização e a demonização de qualquer alternativa que venha a ameaçar os grandes beneficiários da ordem atual."
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Paulo Passarinho: Economista pela UFRJ, servidor público federal, presidente do Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro e diretor do Sindicato dos Economistas.
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